As eleições 2014 passarão. Alguém será eleito. Isto é fato. Não temos
nenhuma garantia se os próximos anos serão melhores. Muita coisa está em jogo.
O Brasil não é uma ilha deserta e um presidente não governa sozinho (a).
Temos
dados, gráficos e informações dos dois candidatos à disposição de todos.
Algumas informações muito confusas e misturadas, duvidosas e manipuladas.
Não é de se estranhar muitas pessoas falando pelos cotovelos, desejando
a morte do próximo, julgando-se melhor que o irmão, "preconceituando"
em todos os espaços, pensando no próprio umbigo num momento que exige muita
lucidez e reflexão. Há muitas críticas a serem pontuadas nos dois modelos,
ninguém é tão ingênuo a ponto de não observá-las, mas não devemos fazê-la de
forma tão vazia e inútil.
Não é
possível imaginar um candidato que não respeita uma pessoa em rede nacional
como meu representante no governo. Se ele se comporta assim diante de todos,
imagina aos olhos de poucos. E ainda desdenhar a saúde alheia... vergonhoso.
Antes de qualquer ficha limpa a pessoa precisa ter a alma límpida e o
coração íntegro para ocupar uma posição política tão importante. Uma posição
recheada de decisões difíceis, onde o bem comum deve estar acima de todos os
interesses particulares.
Um senhor que em vários momentos se comporta como um adolescente mimado
e sarcástico enfrentando os pais, e se achando o dono da verdade. Um “vovôboy”.
Aquele que teve uma vida inteira para amadurecer, mas preferiu continuar se
comportando mal.
Quanto à candidata vejo que chegou num momento de estafa pessoal.
Enfrentou com muita dignidade todas as críticas ao governo e até a sua postura
pessoal. Eu mesma me senti assim em todos os debates que acompanhei. Realmente
já teria jogado a toalha. Não há mais o que dizer para alguém tão vazio de
argumentos e tão cheio de si. Todos podem ver, porém poucos podem enxergar.
Poderia
estender ainda mais este texto, mas não o farei.
Em resumo, três coisas marcam estas eleições: a certeza de que a vontade
do povo prevalecerá, seja ela qual for. Segundo, respeitarei a autoridade máxima do meu país sem-nenhuma vaia e
torcerei para que realmente seja feito algo melhor do que já conhecemos. Terceiro, nestas eleições, muita gente despiu a alma. Hoje conheço
algumas pessoas além de suas máscaras. E não é a questão da diferença de
opinião ou divergências de ideias, mas o discurso do ódio a qualquer custo –
aos nordestinos, aos professores, aos pobres, ao bolsa família, a candidata.
Estes discursos nunca mais serão esquecidos ou escondidos atrás de outras
máscaras.
Espero que em 2015 o mundo seja um lugar melhor para se viver. Não digo
o mundo geográfico ou político, mas o mundo interior de cada um de nós.